Sustentabilidade e Responsabilidade Social

Depois do Fórum de Davos, em Janeiro deste ano, saiu reforçada a importância dos rankings de sustentabilidade de empresas e países.
De seu nome "The Global 100 Most Sustainnable Corporations in the World" esta lista é uma iniciativa da Corporate Knights Inc., com a Innovest Strategic Value Advisors Inc. Criada em 2005, a lista Global 100 é anunciada anualmente no Fórum Económico Mundial, em Davos.

O exercício da responsabilidade social empresarial está associado à noção de sustentabilidade, que visa conciliar as vertentes económica, ambiental e social para alcançar um cenário compatível à continuidade e à expansão das actividades das empresas no presente e no futuro. Assim, as empresas são impulsionadas a adoptar novas posturas diante de questões ligadas à ética, ao ambiente e à qualidade da relação empresa/sociedade.
Estas questões têm vindo a influenciar, e em muitos casos a impor, mudanças nas dinâmicas de mercado e no padrão de concorrência e de competitividade.

Estudos revelam que benefícios tangíveis como redução de custos, melhoria de produtividade, crescimento de receitas, acesso a mercados e capitais, melhoria no processo ambiental e gestão de recursos humanos foram alcançados por empresas que optaram pelo caminho de uma gestão empresarial sustentável. Também se verificam ganhos intangíveis como valorização da imagem institucional, maior lealdade do consumidor, maior capacidade de atrair e manter talentos, capacidade de adaptação, longevidade e diminuição de conflitos.

Verificamos então, como já foi focado neste blog, que um caminho empresarial para a sustentabilidade, muito antes de ser um obstáculo é antes uma oportunidade e um desafio para a competitividade e criação de valor numa empresa e num país.
Numa era global onde países como a China se tornaram os grandes exportadores de têxteis e automóveis, torna-se muito importante para as empresas actuais pensar de que forma se pode encontrar um novo caminho para tornar a nossa economia competitiva face a estes gigantes mundiais.
Certamente esse caminho passa pela inovação e pela exploração das áreas em que podemos ser superiores face a outros países. É preciso saber como utilizar bem os recursos deste pedaço de terra plantado á beira mar...

E no meio de tudo isto afinal onde estão as empresas portuguesas na Global 100?
Na edição de 2007 não consta nenhuma empresa nacional, no entanto cada vez mais são as iniciativas por parte de empresários e profissionais para caminhar para um futuro mais positivo.
Nos últimos anos por todo o lado surgem iniciativas e campanhas por parte de empresas promovendo, eficiência energética, reciclagem e inclusão social e outras iniciativas.
No entanto ainda muito falta fazer, torna-se essencial cativar os profissionais e principalmente divulgar informação e conhecimento.

Para consulta do ranking da Global 100: http://www.global100.org/2007/index.asp


"Globalization is a fact of life. But I believe we have underestimated its fragility. The problem is this. The spread of markets outpaces the ability of societies and their political systems to adjust to them, let alone to guide the course they take. History teaches us that such an imbalance between the economic, social and political realms can never be sustained for very long."

"We have to choose between a global market driven only by calculations of short-term profit, and one which has a human face. Between a world which condemns a quarter of the human race to starvation and squalor, and one which offers everyone at least a chance of prosperity, in a healthy environment. Between a selfish free-for-all in which we ignore the fate of the losers, and a future in which the strong and successful accept their responsibilities, showing global vision and leadership. "

"I am sure you will make the right choice"

Kofi Annan, in Fórum de Davos 1999