quarta-feira, outubro 31, 2007

Design is the problem...


Nathan Shedroff, apresentou recentemente na Conferência do Conselho Internacional das Sociedades do Design Industrial(IDSA) uma visão interessante onde afirma:


Design is a big part of the sustainability problems in the world. Design has been focused on creating meaningless (often), disposable (though not responsibly so), trend-laden fashion items—all design. Graphic design is particularly bad, though paper materials, at least, have a huge potential to fix this problem.”


O autor disponibilizou online a sua apresentação que vale a pena dar uma espreitadela!

Design is the Problem.pdf

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terça-feira, outubro 30, 2007

Waste Evolves


Para ver em tamanho normal clicar na imagem

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Design sustentável e mercado de consumo


Uma das características que diferencia o Homem dos demais mamíferos é a sua capacidade de dominar e meio ambiente á sua volta. O constante anseio evolutivo do Homem fê-lo abandonar o rudimentar trabalho de subsistência para o desenvolvimento do trabalho artesanal. Esta produção caracterizou-se pelo domínio do artesão em todo o processo. Com o surgimento do negociante entre a produção artesanal e o mercado, com o consequente domínio do capitalista sobre esse operário, podemos concluir o início do método produtivo que evoluiu para a indústria moderna.
O desenvolvimento tecnológico promovido pela presença do capitalismo conduziu á gradual substituição do trabalho manual pelo trabalho mecanizado. Nesse momento a produção industrial tinha como maior meta, que os custos da produção baixassem, a produção aumentasse e os ganhos crescessem.

A Revolução Industrial iniciada no Século XVIII trouxe junto ao crescimento industrial uma mentalidade manufactureira baseada no consumo de recursos materiais desprezando os custos sociais e ambientais da produção. A burguesia tinha como argumento dessa industrialização a única forma de atingir a ideia de progresso da época. A produção industrial alcançava índices cada vez mais altos, com volume de bens maiores que a própria demanda de consumo, e onde a qualidade de criação e execução dos produtos apresentava um desenvolvimento inverso. Esta filosofia de produção foi acentuada pelo advento da globalização no Século XX.



A produção é motivada por demandas individuais e colectivas, decorrentes de aspectos psicológicos, sociais, culturais e económicos, reflectidos directamente na exploração de recursos disponíveis no meio. A ideologia industrial impõe um contínuo e ilimitado crescimento material sem a preocupação dos finitos recursos ambientais.

O design industrial é um elemento transformador da sociedade, visto o seu domínio no desenvolvimento de bens e serviços que afectam o modo de vida dos consumidores. O designer tem o compromisso de modificar o ambiente industrial, desenvolvendo soluções para sistemas ambientais, sociais, económicos e culturais em detrimento da exclusiva produção de objectos materiais.

Alguns estudiosos destacam que a sociedade sustentável jamais surgirá no espectro de uma economia mundial centrada exclusivamente nas forças de mercado. A dificuldade na implementação de um modelo sustentável de produção demonstra que o redesign dos produtos torna-se insuficiente para a transformação dos padrões de consumo.

Ezio Manzini, um dos maiores investigadores do desenvolvimento sustentável de produtos, propõe três cenários de mudanças que devem ser submetidos tanto ao designer, quanto à sociedade consumidora: os designers devem desenvolver produtos mais duráveis enquanto artefactos tecnológicos e culturais; mudanças comportamentais, que saem da mera aquisição de produtos para a utilização efectiva de serviços; e consumir menos objectos.


O consumo é uma necessidade humana. Porém a sua prática sustentável ultrapassa os limites da superficialidade das aspirações, propondo mudanças no sistema social, alterando os padrões de produção e consumo, através de motivações derivadas de perspectivas alternativas e inovadoras do design. O design deve ser utilizado como uma ferramenta de transformação da mentalidade industrial e consumidora, desenvolvendo conceitos que possam agregar-se ao mercado e produzindo um ambiente adequando para o desenvolvimento sustentável de novos produtos.

Este modelo de sustentabilidade possui claramente uma grande dificuldade de implementação ao nível global. Implica mudanças bruscas e irreais em relação à redução actual do nível de consumo e comportamento do mercado, no entanto vai de encontro à emergente preocupação quanto à qualidade ambiental, ética e responsabilidade social corporativa, passando de um diferencial de mercado a uma característica essencial para a continuidade do desenvolvimento industrial mundial.

A preocupação com métodos de projecto de novos produtos que atendam a necessidade de minimização de recursos e diminuição do impacto ambiental levou á criação de metodologias que evoluíram o conceito de design industrial para Ecodesign. Esses estudos itensificaram-se a partir da década de 70. No final da década 80, surge o conceito de desenvolvimento sustentável, proposto pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento.
Com o advento desse conceito de desenvolvimento o design expande claramente as características do Ecodesign, diferente de boa parte das correntes iniciais da prática de projectos orientados para o meio ambiente, focadas apenas no uso de recursos renováveis e ciclo de produto, prioritariamente diferenciais de mercado, para elementos essenciais de novos produtos, focando a sociedade, ambiente, economia e cultura.

O desenvolvimento sustentável não se opõe ao desenvolvimento económico, pois o factor económico é indispensável para o atendimento das necessidades da sociedade e das suas futuras gerações, mas exige estratégias para maximizar o valor agregado de novos produtos e serviços, reduzindo o consumo de recursos e de energia.



Na busca por metodologias sustentáveis de produção, nasce a ciência que marca os conceitos da prática do design com orientação para a sustentabilidade, a ecologia industrial. Essa ciência é dividida em duas metodologias básicas, que abordam de forma evolutiva o processo de design industrial - Design orientado para o meio ambiente (Design For Environment - DFE) e; Design para sustentabilidade (Design For Sustainability - DFS).

Grande parte dos profissionais ainda não está comprometida com os valores necessários para a produção sustentável de bens de consumo. É indispensável a compreensão da responsabilidade social do designer e da sua actuação interdisciplinar, promovendo junto a áreas afins e interdependentes o retorno desses valores para o desenvolvimento e revisão da tecnologia industrial e dos conceitos e métodos produtivos.

Porém, cabe destacar que a responsabilidade dessa transformação não está depositada apenas nos profissionais envolvidos no projecto e produção, mas em cada indivíduo participante desse sistema de produção e consumo.
Um dos maiores obstáculos ao uso de produtos criados e orientados com base no desenvolvimento sustentável é a cultura. Esta dificuldade em maioria advém da radical desvinculação dos produtos industriais desenvolvidos pelo design sustentável quanto a nichos de mercado capitalistas. Apenas com novas práticas de consumo que não venham a interferir na integridade dos sistemas ambientais, sociais, culturais e económicos, será possível alcançar o desenvolvimento sustentável.

A transformação cultural necessária para a ampla actuação do desenvolvimento sustentável de produtos no mercado é um processo gradativo e lento, que será concluído tão somente quando o conceito de desenvolvimento sustentável for parte do processo industrial como qualquer outra peça necessária para o movimento das engrenagens da produção industrial.

Fonte: Revista Eco 21 nº 130

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segunda-feira, outubro 29, 2007

7 passos no ciclo de vida de um produto "verde"


mais em: Metropolis Magazine

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sexta-feira, outubro 26, 2007

Finalista Electrolux Design Lab : Pure Washer

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Pure Washer:

Produto apresentado por Tatjana Voronova, uma estudante alemã da Germany’s Hochschule für Gestaltung Schwäbisch Gmünd.

Esta finalista apresenta um lava-loiças combinado com uma máquina de lavar loiça.

Esta solução tem o objectivo de economizar espaço, água e agentes de limpeza de forma a beneficiar o consumidor e o ambiente.

Assim o Pure-Washer é um aparelho rotativo que é meio lava-loiças meio máquina de lavar, amigo do ambiente.

O aparelho está então dividido em duas partes, exactamente iguais.
O consumidor põe os pratos na parte exposta, que depois sofre uma rotação para debaixo do balcão onde é lavada. Não é necessário esperar até que a máquina esteja cheia, e como a loiça é posta com os resíduos de comida ainda frescos, apenas leva alguns minutos a ser lavada.

A máquina optimiza a quantidade de água e energia utilizada com base no espaço ocupado do compartimento. Existe também um ciclo para lavar produtos frescos como fruta e vegetais.

Além de reduzir o consumo de água, utiliza água desgaseificada para remover gorduras sem ser assim necessário detergente. A água contém normalmente bolhas de oxigénio e hidrogénio, que dificultam a eliminação de gorduras. Assim a água é desgaseificada ao passar por uma série de membranas semi-permeáveis.

Esta máquina não necessita por isso de qualquer detergente para a lavagem. De acordo com a autora, a produção desta aplicação pode ser conseguida com um uso mínimo de materiais e energia.

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Finalista Electrolux Design Lab : Go Fresh

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Go Fresh:


Produto apresentado por He Cheng Fei , um estudante Chinês da Jiangnan University

Este estudante propõe um design radical para um frigorífico que é composto por uma estrutura principal que produz ar frio para doze células individuais de temperatura controlada, muito semelhantes aos favos de uma colmeia.

Quando cada célula chega á temperatura ideal, a entrada de ar frio fecha-se, mantendo a temperatura e economizando energia.
O tipo de comida em cada célula é identificado através de um scanning de uma fotografia do tipo de alimento, e a temperatura ideal é estabelecida automaticamente.

As células são amovíveis e isoladas termicamente, o que permite que seja possível levá-las para o exterior da casa, para um pic-nic por exemplo.

A inspiração do autor baseou-se no facto de cada tipo de alimentos ter uma temperatura óptima para a sua conservação, e de que estes deveriam ser armazenados segundo essas temperaturas para terem um tempo de vida prolongado.

Este frigorífico pouco convencional permite também evitar os desagradáveis odores que se geram com a mistura dos alimentos bem como a perda de nutrientes.

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Finalista Electrolux Design Lab: Circompo

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Circompo:


Produto apresentado por Thanat Tengamnuay, um estudante Tailandês da Thailand’s King Mongkut University of Technology Thonburi .

O Circompo é um compostor e caixote do lixo que decompõe lixo orgânico, especialmente comida, através da utilização de microrganismos mantidos em condições ideais de ar, humidade e temperatura para acelerar o processo de degradação.

Segundo o autor, nas sociedades urbanas, as desperdícios de comida aumentam cada vez mais. Na maioria das vezes estes desperdícios são levados para lixeiras e aterros onde lentamente se vão degradando dentro de sacos de plástico.

Para utilizar este aparelho pela primeira vez o consumidor adiciona microrganismos com agentes bactericidas. Depois é apenas necessário adicionar os desperdícios de comida e esperar que o processo se complete, altura em que um dispositivo se acciona e acende uma luz LED indicando que o processo está completo. Apenas é necessário substituir estes organismos a cada três meses.

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terça-feira, outubro 23, 2007

23 de Outubro - frase do dia


"Look deep, deep into nature, and then you will understand everything better."

--
Albert Einstein, cientista

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Finalista Electrolux Design Lab: Nature Wind


Nature Wind:


Produto desenvolvido por
Won-Ho, estudante Sul Coreano, na Dong-A University na Coreia do Sul


O Nature Wind é um purificador de ar movido a energia solar que utiliza uma série de filtros para refrescar e manter o ar purificado em ambientes domésticos interiores.


Este aparelho emana ar fresco do exterior que passa por um filtro de carvão de bamboo, um filtro de água e finalmente um filtro de Phyntocide, que são substâncias que actuam como antibióticos naturais e que as plantas utilizam para se protegerem de insectos nefastos e microrganismos.


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segunda-feira, outubro 22, 2007

60 Unite For Children


60 artistas e designers gráficos de todo o mundo juntos para os 60 anos da Unicef, comemorados em Dezembro de 2006, em nome das crianças de todo o mundo.
Com o objectivo de inspirar a criatividade e o compromisso de todos para com as crianças e para promover a participação nas acções da Unicef, resultou um livro que consumiu dois anos de projecto.

O lançamento foi este mês e as receitas das vendas revertem para a instituição. O site do projecto ilustra e explica o conceito e o que tem sido feito até agora. Além do livro, haverá uma exposição itinerante mundo fora, começando por Paris.
O projecto foi concebido com a convicção de que as imagens têm na maioria das vezes mais impacto que as palavras.

Vale a pena adquirir este livro, uma edição limitada, resultado de um bem sucedido projecto social e cultural.

Site oficial: 60, Unite for Children


A criação da Unicef há quase 61 anos trouxe a criança para o centro do debate, mas há ainda um longo caminho a percorrer, num mundo onde dez milhões morrem anualmente com doenças evitáveis.


O Fundo das Nações Unidas para a Infância comemorou em Dezembro de 2006 o seu 60º aniversário, recordando a situação das mulheres e das crianças.

Com sede em Nova Iorque, a Unicef, está em 158 países, incluindo Portugal.

O comité português nasceu em 1979, ano em que foi aprovada a Convenção dos Direitos das Crianças, e, tal como outros comités em países industrializados , tem como missão promover a defesa dos direitos de todas as crianças, divulgar as iniciativas da organização e angariar fundos.

Segundo Madalena Marçal Grilo, directora executiva do comité português, a Unicef provocou mudanças, tanto em Portugal como no resto do mundo, conseguindo que fosse dada maior atenção às questões que dizem respeito às crianças.

"É um marco importante e tem tido uma repercussão na forma como se olha para as crianças. A criança enquanto sujeito de direitos é hoje encarada de uma forma diferente do que era há uns anos, contudo há ainda um longo caminho a per correr", disse.
Passados 60 anos, dez milhões e meio de crianças continuam a morrer anualmente com doenças que poderiam ser evitadas através de técnicas tão simples e pouco dispendiosas como a vacinação.


"Há progressos significativos, mas há situações difíceis de aceitar, como por exemplo a falta de vacinação".
Segundo o relatório da Unicef sobre a situação da Infância em 2007, Portugal é um dos países do mundo com mais baixa taxa de mortalidade infantil, ao registar cinco mortes em cada mil.
Suíça, Eslovénia, Finlândia, Itália, Japão, Liechtenstein, Noruega, República Checa, Suécia, Andorra, Singapura, Islândia e San Marino são os países qu e aprestam uma taxa de mortalidade infantil mais baixa do que Portugal.

A mais elevada taxa de mortalidade infantil regista-se na África sub-sariana, com 162 mortes (média) em cada mil, enquanto Angola é o segundo pior do mundo com 260 mortes por mil.

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Finalistas Electrolux Design Lab: e-Wash


e-Wash:

Produto apresentado por Levente Szabô, um estudante Húngaro da Moholy-Nagy University of Art & Design em Budapest.


Na Índia e no Nepal há séculos que as populações utilizam uma Noz de Sabão(sapindus mucorossi), um detergente 100% natural, para a lavagem das roupas.



Este estudante desenvolveu então uma máquina de Lavar Roupa para a utilização deste detergente completamente biodegradável, amigo do ambiente.

Foi criada uma máquina de pequenas dimensões possível de colocar até em pequenos apartamentos mas que lava bastante roupa de uma só vez.

Assim um quilograma deste detergente tem a durabilidade de um ano para uma pequena família típica e evita alergias e torna as roupas macias.



A inspiração deste produto surgiu através da investigação de hábitos culturais antigos e tradicionais, que se mostram muitas vezes muito mais eficientes que aqueles que fomos adquirindo ao longo do tempo.


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quinta-feira, outubro 18, 2007

18 de Outubro - frase do dia


"Thus the task is not so much to see what no-one yet has seen, but to think what nobody yet has thought about that which everyone sees"

-- Schopenhauer, Filósofo, via Biothinking

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Electrolux Design Lab Finalistas: Pebble


Pebble:

Produto apresentado por Laura Pandelle, estudante de design da École Boulle em Paris.


O peeble é um aparelho para cozinhar de elevada precisão, que utiliza tecnologia solar topo de gama e calor por indução, pretendendo demonstrar que a energia fotovoltaica pode ser aplicada para outras finalidades que não os grandes painéis solares.

O aparelho contém uma tecnologia de ponta(Spray-on) onde, tal como nas tintas, as células fotovoltaicas são aplicadas como um spray sobre a superfície do aparelho. Esta nova (e ainda em desenvolvimento final) aplicação envolve a utilização de Nanotecnologia para conseguir um compósito possivel de pulverizar. Pela primeira vez, estas células fotovoltaicas são sensíveis quer a radiação visível quer não visível (infravermelho) podendo por isso produzir energia mesmo num dia encoberto ou sem exposição directa.



Esta tecnologia, que permite que todas as superfícies sejam convertidas em células solares, está neste momento numa fase de investigação final prevendo-se a sua entrada no mercado num período máximo de 7 anos.



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quarta-feira, outubro 17, 2007

Electrolux Design Lab Finalistas: Fog Shower


Fog Shower:

Produto apresentado por João Diego Shimansky, um estudante Brasileiro da Universidade Católica do Paraná.

Trata-se de um chuveiro que emite uma névoa de gotas de água microscópicas. Este chuveiro utiliza apenas 2 Litros de água para um duche de 5 minutos, contrastando com os 26 Litros do chuveiro mais eficiente existente no mercado em termos de poupança de água.

O autor explica que a redução do fluxo de água ao mínimo é a solução para fazer poupanças significativas de água durante o banho. O maior problema é que a diminuição do fluxo diminui também o conforto, sendo por isso que os chuveiros com preocupações de economia de água compensam este factor aumentando o arejamento do fluxo de água.

O Fog Shower dá um passo á frente através da criação de um fluxo de vapor composto por gotas microscópicas de água. Neste chuveiro a água é aquecida e enviada sob pressão para um vaporizador ultrasónico, que é depois forçado contra uma placa de metal perfurado.


O produto foi pensado para fazer face á crescente problemática da escassez de água, que é já sentida severamente em alguns locais do planeta.


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terça-feira, outubro 16, 2007

16 de Outubro - frase do dia

"When we follow nature's rules, growth is good. The question before us is not growth versus no growth. It is: what would good growth look like? And this is a question of intent, of design. What if we grow health instead of sickness, home ownership instead of indigence, education instead of ignorance?"

--
William McDonough, Arquitecto, em "The Next Industrial Revolution"

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Electrolux Design Lab Finalistas : Return Pot

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Como foi referido aqui, a competição de 2007 da Electrolux tem como tema principal o design sustentável. Ficaram recentemente a conhecer-se os 8 finalistas. O vencedor será anunciado no dia 28 de Novembro em Paris.

Até lá a Useless Design vai dar a conhecer os finalistas!


Return Pot:

Produto apresentado por Juan Ying-Hao, estudante Tailandês da Cranbrook Academy of Art nos Estados Unidos.

Trata-se de dispositivo com o objectivo de transformar sacos de plástico de resina de ácido poliláctico em composto para plantas.

A inspiração do conceito resultou da observação dos hábitos diários das pessoas. Com a implementação emergente dos sacos de compras de ácido poliláctico (PLA) nos mercados (biodegradáveis), o autor reflectiu sobre o tempo necessário para a sua degradação em aterros, constatando que o processo natural leva alguns anos. Assim de forma a acelerar este processo Juan Ying-Hao lembrou-se de conceber este aparelho que irá não só acelerar o processo de degradação do material e permitir a sua reutilização, como terá também um impacte significativo na educação das populações, mostrando o processo de compostagem.


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segunda-feira, outubro 15, 2007

Uma imagem vale mais que mil palavras

Porque:

"Tell me and i will forget, teach me and i might remember, involve me and i will learn!"

Benjamin Franklin

Aquecimento Global



The Call of Life-'Facing The Mass Extinction'

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15 de Outubro - Blog Action Day


Hoje dia 15 de outubro, blogs de todo o mundo unem-se para falar sobre um único assunto importante em todo o planeta. Em 2007 o assunto escolhido é o "meio ambiente". Todos vão falar sobre o assunto, á sua propria maneira.

Assim pede-se a bloggers de todas as nacionalidades, que escrevam sobre qualquer assunto relacionado para se unirem a esta ideia.

mais informação: Blog Action Day


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sexta-feira, outubro 12, 2007

Prémio Nobel da Paz 2007



O Prémio Nobel da Paz foi hoje atribuído ao ex-vice-presidente norte-americano Al Gore e ao Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas da ONU.

O prémio foi atribuído a Al Gore e ao Painel das Nações Unidas pelo "esforço conjunto na criação e disseminação de um maior conhecimento acerca da influência humana nas mudanças climáticas, e pelo lançamento das bases necessárias para inverter essas mudanças", declarou o presidente do Comité Nobel norueguês, Ole Danbolt Mjoes.

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quinta-feira, outubro 11, 2007

The art of Greenwashing

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quarta-feira, outubro 10, 2007

10 de Outubro- frase do dia



"Everything we do as designers draws on the arts and the esthetic dimension of cultural life and rests on the foundation of the scientific project. At no time in human history has the potential for designing solutions that contribute to the benefit of human kind been greater than it is today."

-- Bruce Mau, Designer, em This I Believe para CBC.ca

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Entrevista a Ezio Manzini


Ezio Manzini é designer, engenheiro, arquitecto e professor. Numa visita ao Brasil, para o 1º. Simpósio Internacional sobre Design Sustentável, deu uma entrevista ao Planeta Sustentável.

Ezio Manzini é director da unidade de pesquisa em Design e Inovação para a Sustentabilidade (DIS), do Instituto Politécnico de Milão. Com diversas publicações sobre o tema, já recebeu duas vezes o prémio "Compasso D'Oro", concedido pela Associação de Design Industrial (ADI) de Itália, e, no ano passado, recebeu, ainda, o título de Doutor Honorário em Belas Artes, pela The New School, de Nova Iorque.

Actualmente, Manzini é responsável pelo Sustainable Everyday Project (SEP), uma plataforma web que reúne informações sobre pesquisas, workshops, projectos e actividades relacionados à promoção do design sustentável na vida quotidiana. Apostando numa mudança radical no sistema de produção e consumo mundial, o designer propõe alternativas que permitam a tão sonhada redução do consumo, num novo cenário onde os produtos são substituídos pelo resultado que eles promovem, "em vez de carros, falemos em mobilidade", sugere. No novo cenário traçado pelo designer, a partilha de bens é a solução para a redução da produção e do consumo de novos artefactos.


1. Quando é que a discussão sobre a sustentabilidade despertou o seu interesse?

No início, nós, designers, pensávamos em redesenhar produtos e adaptá-los sob o ponto de vista ambiental. Embora eles tenham ficado mais eficientes, o consumo aumentou. O relógio que uso é melhor do que o do meu pai. Mas ele usou um relógio a vida inteira, enquanto eu não sei quantos já tive. Nem todos os passos do ecodesign são um passo à frente para a sustentabilidade.

2. Como é que o design pode ajudar a promover o desenvolvimento sustentável?

A noção de design sofreu mudanças. Hoje procura-se unir a tecnologia com a cultura em busca de soluções para que o mundo funcione melhor. Se se quiser tornar a ocupação dos carros mais eficiente, isso é um assunto para o design estratégico. Consideramos o sistema e não apenas o produto.

3. Até que ponto a reciclagem de produtos é eficiente para a sustentabilidade?

Claro que temos de reciclar, mas isso tem permitido equívocos. "Não se preocupe, consuma porque temos condições de recuperar e recriar tudo." Isto é impossível. O meu slogan é: "Para viver melhor, consuma menos".

4. Que outras mudanças pede a sustentabilidade?

Ela depende de transformações radicais nos padrões não sustentáveis. Por exemplo, melhorar a eficiência dos carros custa dinheiro. Cerca de 90% deles leva apenas um passageiro. Se levar dois, o problema diminui pela metade. É simples, mas também complexo, porque não se muda um hábito com facilidade. Trata-se de uma discussão tão importante como falar em hidrogénio como combustível alternativo.

5. A discussão sobre a sustentabilidade está muito atrasada no Brasil?

Não só aqui. Em Itália, onde moro, a mentalidade dominante é a da sociedade de consumo dos anos 60. Como é que se pode mudar o mundo se o seu modelo de referência se tornou tão ultrapassado?

6.Quais os maiores mal-entendidos que se cometem em nome da sustentabilidade?

Algumas pessoas pensam, até com boa vontade, que usar produtos que reduzam o impacto ambiental representa um enorme passo para a sustentabilidade. Quando entendem que a mudança deve ser maior, ter âmbito global, dizem que é radical demais para ser executada imediatamente.

7. E não é verdade?

Isso é mais fácil do que gastar milhões em pesquisas tecnológicas. Por que não ter casas vizinhas com serviços em comum em vez de esperar por uma nova geração de electrodomésticos que controlará tudo e, no fim, reduzirá o consumo de energia em apenas 2%? Não é fácil fazer mudanças sistémicas.

8. Quais são os maiores entraves para a adopção de uma política sustentável?

Algumas vezes, falta vontade. Noutras, faltam incentivos. Vou usar o exemplo do carro: quem circulasse com duas ou mais pessoas teria estacionamento gratuito. Há mais um argumento que ouço: viveríamos uma crise económica, e esse não seria o momento para uma política sustentável. Discordo. É mais fácil mudar na crise do que quando as máquinas estão a pleno vapor.

9. Encontrou bons exemplos de sustentabilidade no Rio de Janeiro?

Sim. A Rede Ecológica (grupos de consumidores que se reúnem para comprar alimentos, geralmente orgânicos, directamente de pequenos produtores rurais, diminuindo o desperdício) é uma ideia simples, que dá certo e pode ser reproduzida em qualquer lugar do mundo.

10. Como se passa de uma experiência dessas para uma inovação em maior escala?

A maior dificuldade é o número limitado de heróis que temos, pois esses projectos são levados adiante por pessoas enérgicas e criativas, dispostas a mudar o mundo. Ainda assim, essas propostas podem amadurecer no futuro. E tudo fica mais fácil quando não se começa do zero.

17/09/07, via Planeta Sustentável

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terça-feira, outubro 09, 2007

09 de Outubro- frase do dia


"
Design is the conscious effort to impose a meaningful order."

-- Victor Papanek, sobre o significado do design

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Diesel: "Global Warming Ready"

Ao longo do ano de 2007 a provocativa campanha publicitária da Diesel, “Global Warming Ready”, com o dedo do talentoso Terry Richardson, tem corrido o mundo.

A campanha mostra de forma muito subtil (numa primeira impressão não se percebe quais os locais de fundo), imagens de Nova York completamente inundada, Paris tomada pelo calor, a China coberta de areia, e o Rio de Janeiro invadido pelo mar - uma referência clara ao fenómeno do aquecimento global.

Nova York desaparece do mapa.

Para além das imagens, a marca lançou também pequenos catálogos com os supostos mapas do futuro, onde muitos dos locais que conhecemos são completamente inundados.

Londres torna-se uma pequena ilha, e Itália torna-se uma bota “anoréctica”.

Paris é invadido por vegetação tropical e temperaturas elevadas.

Veneza lida com aves exóticas.

A muralha da China é rodeada pelo deserto.

A campanha como seria de esperar, gerou polémica com várias opiniões distintas a surgirem.
Uns argumentam que se trata da banalização de um assunto extremamente importante, como o aquecimento global e da ridicularização do mesmo. Outros dizem que se trata de uma campanha para ganhar dinheiro á custa de um problema global e real.

Outros elogiam-na afirmando que é uma campanha extremamente irónica e crítica, que mostra que as pessoas não estão prontas para alterar a sua vida para evitar estes acontecimentos, ou seja, toda a gente se preocupa, mas ninguém está ainda disposto a fazer qualquer tipo de sacrifício para o evitar.

Segundo o Director Criativo da Diesel, Wilbert Das, a marca tenta sempre ironizar e parodiar para gerar debate e estimular diferentes pontos de vista entre consumidores e amigos.

O "falem bem ou falem mal, mas falem de mim" encaixou-se como uma luva no desenvolvimento criativo, mas fez a Diesel ser alvo de fortes ataques por causa de uma campanha mal executada.

Talvez as pessoas a lembrem como "aquela que ridicularizou o aquecimento global", ou "aquela que se aventurou a desenvolver uma campanha á custa da sua própria marca, para despertar nas pessoas as consequências dos nossos hábitos consumistas desenfreados."

Só o tempo o dirá...

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segunda-feira, outubro 08, 2007

08 de Outubro - frase do dia


"As substance abusers in the most literal sense, we seem to do what most other addicts do when faced with the obvious: We go into denial. We spin. Often, that spin involves redefining excess as less. And for all the dangers implicit in the cycle of consumption and waste, I would venture to say that the cycle of indulgence and denial is even more dangerous, because it involves a level of self-deception, along with convoluted arguments of justification that allow us to do whatever we want."

"Make less, buy less, use less, throw away less."

Akiko Bush, sobre consumismo (via treehugger)

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Primeiro parque de ondas do Mundo


Portugal vai ter o “primeiro parque de ondas do Mundo”, com vista à produção de energia , situado ao largo da praia da Aguçadoura, a quinze quilómetros a norte da Póvoa de Varzim. Trata-se de uma tecnologia escocesa, que pode tornar Portugal num dos líderes mundiais no aproveitamento energético do movimento das ondas.

A inauguração, que foi adiada para data a anunciar, deveria ter acontecido no dia 3 de Outubro.

Nos estaleiros navais de Peniche uma equipa de trinta elementos realizou a montagem das primeiras três máquinas.

Essencialmente tratam-se de grandes tubos semi-flutuantes de 30 metros, ligados entre si por uma articulação móvel e colocados em série na transversal das ondas. Estas fazem mover um tubo de cada vez, que impele um fluido hidráulico, numa movimentação energética suficiente para accionar geradores hidráulicos de electricidade. É um óleo a alta pressão que acciona motores hidráulicos, os quais fornecem a energia mecânica a geradores eléctricos.

Cada máquina Pelamis(que significa cobra marinha em Latim) mede aproximadamente 140 metros de comprimento, tendo 3,5 metros de diâmetro. Pesa 700 toneladas e fica distanciada das outras a cerca de 225 metros.

Os três dispositivos vão ser instalados a cinco quilómetros da costa, prevendo-se que até ao final do ano já terão capacidade para uma produção média anual de sete gigawatts por hora, capaz de suprir as necessidades de mais de 1500 residências, o equivalente a cerca de seis mil habitantes.

Em 2008, quando estiver concretizada a segunda fase, conta-se que estejam instaladas 28 máquinas produtoras de 20 megawatts, num investimento que rondará os 70 milhões de euros.
Luís Gato, professor associado do departamento de Engenharia Mecânica do Instituto Superior Técnico (IST), afirma que Portugal dispõe de «condições muito boas» para o desenvolvimento da energia das ondas e das marés, «temos uma costa com exposição, uma rede eléctrica forte junto à costa, estaleiros navais e tradição marítima», salientou.

Contudo, disse, a energia das ondas e das marés «oferece bastantes riscos», já que, além de não permitir a acumulação, como é típico das energias renováveis, implica a colocação de tecnologia longe da costa, num «ambiente hostil».

Portugal tem um potencial energético correspondente a 250 quilómetros da costa ocidental portuguesa, onde poderão ser instalados cerca de 5 gigawatts (GW) de potência, com um mercado associado de 5 mil milhões de euros.

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domingo, outubro 07, 2007

07 de Outubro - frase do dia



"Bionics is a designers’ method to find new forms. Thus, bionics may bring about innovative as well as creative approaches. But of course, not every »bionic« idea is beautiful. Its success depends on the designer’s performance, who has to differentiate between aesthetic and unaesthetic bionic features."

-- Thomas Hundt, sobre a Biónica e o Design (via red dot online)

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DME_Award | Design Management Europe



A competição Design Management Award foi lançada em Junho de 2007 em Eindhoven.

O DME foi estabelecido com o apoio da Comissão Europeia, pela iniciativa PRO INNO Europa, com o objectivo de demonstrar que a integração do design na estratégia corporativa pode estimular a competitividade e a economia.

Do projecto, que inclui várias componentes, destaca-se o DME Award.

18 parceiros de 14 países europeus - entre os quais Portugal, representado pelo Centro Português de Design - trabalharam em conjunto para a atribuição do prémio de gestão de design para empresas e organizações europeias que integraram com sucesso o design nos seus processos e estratégia de gestão.

Das 227 nomeações e candidaturas, 170 candidaturas de 21 países europeus foram oficialmente aceites para a 1ª edição do prémio, das quais 8 portuguesas.As candidaturas portuguesas são:

C. M de Santa Maria da Feira
Fundação Liga
Tetribérica

Larus
Revigrés
Pedrita + Frederico Duarte
Sensicasa
Simpleforms Design

A 22 de Novembro, decorrerá a cerimónia de entrega de prémios em Hessen na Alemanha.

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sábado, outubro 06, 2007

06 de Outubro - frase do dia


"Designers should define their role broadly as agents of good in the world, and limit their work to 'legitimate' products: those that are needed, and those that can be made without damage to nature or -- through the unethical actions of manufacturers and investors -- damage to people."

-- Phillipe Starck, sobre o propósito do Design (via treehugger)

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Marketing Sustentável


Nos negócios são cada vez mais claros os benefícios competitivos alcançados e as crescentes oportunidades de negócios que se podem alcançar com politicas de sustentabilidade e Marketing Sustentável.

Marketing Sustentável é o processo estratégico de planeamento e implementação integrada da actividade produtiva (produto, preço, comunicação e distribuição), de forma a dar resposta às necessidades imediatas e futuras dos consumidores, da organização, do ecossistema, dos cidadãos e restantes entidades (stakeholders).

Neste âmbito, os profissionais de marketing desempenham um papel crucial na discussão sobre responsabilidade social e sustentabilidade nas empresas – embora muitos ainda não tenham despertado para esta realidade.

Por todo o lado surgem evidências de que os consumidores estão diferentes.

Alguns autores realçam algumas características demográficas e psicográficas do Novo Consumidor, como:
- mais individualista, envolvido ou implicado, independente e informado, com um sentimento de liberdade exacerbado (anytime, anywhere) e cada vez mais exigente (WIIFM - What's In It For Me?);
- mais consciente do seu poder e dos seus direitos, desafiando os fornecedores;
- com uma crescente escassez de tempo, de atenção e de confiança, resultando numa maior necessidade de conveniência, de autenticidade e de credibilidade;
- com maiores preocupações ambientais e em matéria de segurança pessoal e social, maiores níveis de stress;
- as crianças são muito mais sensíveis e estão mais alerta para o tema da sustentabilidade do que os adultos.

Tendo em conta este perfil, as pessoas querem geralmente fazer o que está correcto, cabendo então ao Marketeer que se torne fácil fazê-lo.

Quando tudo é semelhante entre produtos (qualidade, performance, etc.), benefícios ambientais farão a balança pender a favor de um produto em detrimento de outro.

Segundo o livro "Passado e Futuro" (APPM), a ser editado neste mês de Outubro, de entre os passos mais marcantes do Marketing nos passados 40 anos em Portugal, encontramos, na década de 2000 (inicio do séc XXI):

- o marketing tribal: os fenómenos das tribos do surf, MTV, Morangos com Açúcar;
- a televisão interactiva, Palmtops, os MP3 e os telemóveis 2 1/2 e 3G;
- o despoletar do marketing sustentável.

Empresas portuguesas passaram nos últimos anos a desenvolver outro tipo de estratégias, lançando campanhas de boas prácticas, de sensibilização e educação, como é o exemplo da Edp e a Sair da Casca já premiada pelos seus feitos.

Estratégias deste tipo, para além de promoverem as marcas junto dos consumidores, têm como principal feito a mudança de mentalidades e a componente educacional que conseguem atingir.



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sexta-feira, outubro 05, 2007

Body Glove lança primeiro fato de Surf amigo do ambiente


O ECO é o primeiro fato de Surf amigo do ambiente produzido pela Body Glove.

O fato foi produzido com os materiais de assinatura da marca, a borracha BIO STRETCH e o exterior ECO FLEX. Ambos os materiais são totalmente livres de derivados de petróleo e 100% amigos do ambiente, segundo a marca.

A combinação de ambos os materiais torna-se na mais pura forma de material elástico não tóxico do planeta.

A produção destes materiais consome apenas 1/10 da quantidade de energia normalmente utilizada na produção deste tipo de fatos. Assim o Surf torna-se cada vez mais e melhor um desporto de comunhão com a Natureza.

Há cerca de dois anos a Body Glove lançou o Eco-Lifejacket feito de um material chamado BioStretch, este material tem a mesma textura e toque do neopreno, o material tipicamente encontrado nos fatos de Surf. No entanto o BioStretch não contém qualquer tipo de derivado de petróleo.

Com o sucesso destes produtos, a marca começou a tentar integrar esta tecnologia nos fatos de Surf.

A jornada, segundo responsáveis da marca não foi fácil; era necessário obter a camada de neopreno intermédia, que foi até esta viragem tipicamente constituída por petróleo ou produtos de PVC.

Inicialmente a equipa de designers conseguiu eliminar o PVC, mas faltava ainda o Petróleo.
Assim os designers regressaram aos Sketchs para tentar arranjar uma solução, procurando borrachas naturais que falhavam na durabilidade e peso.

Finalmente encontraram uma empresa que fornecia um “neopreno” feito de carbonato de cálcio que não era tão agressivo para o meio ambiente quanto o Petróleo e o PVC. Os testes iniciais com a aplicação deste material foram negativos levando a equipa a pensar que tal tarefa poderia não ser possível de concretizar.

Eventualmente engenheiros da prestigiada Yamamoto foram capazes de encontrar uma camada intermédia que aguentasse as exigências e que, quando combinada com a camada exterior da Body Glove, criaria um fato pelo menos 70% amigo do ambiente.

É aqui que a história se torna melhor, a energia utilizada para produzir o carbonato de cálcio é de 1/10 da exigida para a produção do vulgar neopreno interior. A energia utilizada para produzir os fatos provém de fontes energéticas renováveis e a energia em excesso é utilizada para produção de alimentos. A camada exterior do fato é feita de uma mistura de ácido poliláctico, produzido pela fermentação de amido de milho, que exige para produção menos 20 a 50% de combustíveis fósseis do que a produção de plástico. Esta camada exterior é essencial para garantir que o fato não se rasga prematuramente devido á sua exposição aos elementos.

Os pequenos fechos nos bolsos são feitos de mateis reciclados, sendo que o fecho maior não é, até ao momento, feito destes materiais. Os logos e toda a escrita nos fatos são feitos com tinta de água.

As únicas peças que não têm preocupações ambientais são o fecho principal e a cola liquida que sela as costuras. Até ao momento não encontraram ainda um produto alternativo para esta cola.

Actualmente ainda só existe o modelo masculino e encontra-se á venda por cerca de 250€, o preço normal de um fato de Surf. O design é o mesmo dos fatos normais da marca, mas com melhorias ambientais. Podem ser encontrados nos modelos 3/2 e 4/3. (via TreeHugger)

Temos em todo o processo de concepção deste produto uma metodologia de Ecodesign complexa, que exigiu um elevado grau de planeamento e gestão. Esta abordagem leva á criação de produtos de elevada qualidade e de elevada vantagem competitiva em relação a outros produtos do mesmo sector de mercado.



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